GERMINAL - As primeiras obras da geração de 90 no MAAT
De 28 de junho a 31 de dezembro de 2018
MAAT Central (salas 1 e 2)
GERMINAL é a primeira grande exposição sobre a Coleção Pedro Cabrita Reis, adquirida pela Fundação EDP em 2015. Depois de uma primeira apresentação na Galeria Municipal do Porto, a exposição abre ao público no próximo dia 28 de junho no MAAT, ocupando as duas grandes galerias da Central.
Com curadoria de Pedro Gadanho e Ana Anacleto, a exposição debruça-se sobre um vasto e significativo conjunto de obras, com especial incidência numa reflexão sobre os momentos iniciais ou originários das carreiras de importantes artistas nacionais - caraterística essa que deu origem ao título da exposição. As 40 obras expostas fazem parte do núcleo de mais de 400 obras da coleção Cabrita Reis que integra a Coleção de Arte da Fundação EDP.
Com uma ampla e sólida representação da chamada ‘geração de 90’ e com presenças de artistas de gerações anteriores e posteriores, mostra-se agora um conjunto de obras marcantes de mais de 30 artistas, ajudando a revelar o olhar visionário e atento, não do artista, mas do colecionador Pedro Cabrita Reis e da sua mulher Patrícia Garrido.
Enquanto artista e personagem ativa na cena de arte portuguesa, Pedro Cabrita Reis foi acompanhando o trabalho de jovens artistas nos quais foi reconhecendo interesse e potencial artístico. Ao longo de mais de 30 anos, o casal de colecionadores acumulou peças encontradas nas primeiras apresentações e exposições de jovens e promissores artistas, muitos deles hoje com carreiras solidas e projeção internacional.
Foram criados quatro núcleos que propõe momentos de reflexão e diálogo ao longo do percurso no espaço expositivo. “O sujeito em fratura” mostra peças que apontam para a ideia do pós-modernismo, para a definição de identidade (Paula Soares, Rui Calçada Bastos, João Tabarra, Rosa Carvalho, António Olaio, Joana Vasconcelos, Nuno Cera, Rodrigo Oliveira, Pedro Gomes, Noé Sendas); no “Ao encontro do Outro” vemos obras que revelam questões de identidade de género e que têm um caráter antropológico (João Pedro Vale, Vasco Araújo, Jorge Queiroz, Rui Moreira, Luís Nobre e Francisco Queirós); “O predomínio da tecnologia” mostra-nos como é que os artistas começaram a descobrir a tecnologia e a usá-la de forma mais democratizada, acima de tudo através do vídeo, do som e da imagem em movimento (Rui Toscano, João Paulo Feliciano, Rui Valério, Carlos Roque, Miguel Palma, Ana Pinto, Pedro Cabral Santo e João Louro); e, por fim, “A herança das imagens” remete-nos para a tradição histórica das imagens e da representação (Gil Heitor Cortesão, João Ferro Martins, Vasco Costa, Carlos Bunga, José Loureiro, Paulo Brighenti, Sílvia Hestnes Ferreira, Armanda Duarte, Hugo Canoilas e Francisco Tropa). Ainda que haja esta divisão, o objetivo é que os núcleos se contaminem e que dialoguem, que não sejam estanques, mas sim dinâmicos.
Esta é a quarta exposição de uma série de abordagens temáticas à Coleção de Arte Fundação EDP. Em cada edição do ciclo Perspetivas, o museu e um curador convidado propõem um tema que é traduzido numa seleção de trabalhos de artistas portugueses presentes na coleção – constituindo-se esta exposição numa exceção em que os curadores domuseu estabeleceram um diálogo com o detentor original do núcleo de obras. A sucessão destas escolhas curatoriais sugere as obras de arte da coleção como uma plataforma viva que proporciona diferentes reflexões e interpretações sobre a contemporaneidade.
Artistas participantes:
Carlos Bunga, Rosa Carvalho, Nuno Cera, Vasco Costa, Armanda Duarte, Pedro Gomes, Paulo Mendes, António Olaio, Rodrigo Oliveira, Noé Sendas, João Tabarra, Vasco Araújo, Rui Calçada Bastos, Rui Moreira, Francisco Queirós, Luís Nobre, Paula Soares, João Pedro Vale, Pedro Cabral Santo, João Paulo Feliciano, João Louro, Ana Pinto, Carlos Roque, Rui Toscano, Rui Valério, Paulo Brighenti, Hugo Canoilas, João Ferro Martins, Gil Heitor Cortesão, Sílvia Hestnes Ferreira, José Loureiro, Francisco Tropa, Joana Vasconcelos, Jorge Queiroz, Miguel Palma.