GERMINAL. O núcleo Cabrita Reis na Coleção de Arte Fundação EDP é a primeira grande exposição sobre a Coleção Pedro Cabrita Reis, adquirida pela Fundação EDP em 2015, e inaugura a nova temporada da Galeria Municipal do Porto. Está patente entre 17 de março e 20 de maio de 2018.. A exposição debruça-se sobre um vasto e significativo conjunto de obras, com especial incidência numa reflexão sobre os momentos iniciais ou originários das carreiras de artistas nacionais – caraterística essa que deu origem ao título da exposição – e cujos percursos têm vindo a afirmar-se ao longo do tempo.
Com uma ampla e sólida representação da chamada ‘geração de 90’ e com presenças de artistas de gerações anteriores e posteriores, mostra-se agora, na Galeria Municipal do Porto, um conjunto de obras marcantes de mais de 30 artistas, ajudando a revelar o olhar visionário e atento, não do artista, mas do colecionador Pedro Cabrita Reis.
Enquanto artista e personagem ativa na cena de arte portuguesa, Pedro Cabrita Reis foi acompanhando o trabalho de jovens artistas nos quais foi reconhecendo interesse e potencial artístico. Ao longo de mais de 30 anos colecionou peças com um caráter “originário” que foi encontrando nas primeiras apresentações e exposições destes artistas, e que hoje têm, muitos deles, carreiras sólidas e internacionais.
Na Galeria Municipal do Porto foram criados quatro núcleos que ajudam a orientar o visitante, funcionando sobretudo como pretextos para momentos de reflexão e diálogo ao longo do percurso no espaço expositivo. “O sujeito em fratura” mostra peças que apontam para a ideia do pós-modernismo, para a definição de identidade; no “Ao encontro do Outro” vemos obras que revelam questões de identidade de género e que têm um caráter antropológico; “O predomínio da tecnologia” mostra-nos como é que os artistas começaram a descobrir a tecnologia e a usá-la de forma mais democratizada, acima de tudo através do vídeo, do som e da imagem em movimento; e, por fim, “A herança das imagens” remete-nos para a tradição histórica das imagens e da representação. Ainda que haja esta divisão, o objetivo é que os núcleos se contaminem e que dialoguem, que não sejam estanques, mas sim dinâmicos.
Com curadoria de Pedro Gadanho e Ana Anacleto, esta é a quarta exposição de uma série de abordagens temáticas à Coleção de Arte Fundação EDP. Em cada edição do ciclo Perspetivas, um curador convidado e um curador do museu propõem um tema que é traduzido numa seleção de trabalhos de artistas portugueses presentes na coleção. A sucessão destas escolhas curatoriais sugere as obras de arte da coleção como uma plataforma viva que proporciona diferentes reflexões e interpretações sobre a contemporaneidade. Devido ao caráter particular do espólio em causa, a curadoria desta exposição é partilhada, excecionalmente, por dois curadores do museu. A exposição seguirá para o MAAT em junho deste ano, ligeiramente alargada, ocupando as duas grandes galerias da Central.
A Fundação EDP é um dos principais mecenas das artes em Portugal. É mecenas da Galeria Municipal do Porto desde 2015, garantindo o seu apoio até 2020. É Fundador Patrono de Serralves, instituição com a qual mantém, desde 2001, uma relação continuada de cooperação institucional e artística. A Fundação EDP integra também o Conselho de Fundadores da Casa da Música.
Artistas participantes:
Carlos Bunga, Rosa Carvalho, Nuno Cera, Vasco Costa, Pedro Gomes, Paulo Mendes, António Olaio, Rodrigo Oliveira, Noé Sendas, João Tabarra, Vasco Araújo, Rui Calçada Bastos, Rui Moreira, Francisco Queirós, Luís Nobre, Paula Soares, João Pedro Vale, Pedro Cabral Santo, João Paulo Feliciano, João Louro, Ana Pinto, Carlos Roque, Rui Toscano, Rui Valério, Paulo Brighenti, Hugo Canoilas, João Ferro Martins, Gil Heitor Cortesão, Sílvia Hestnes Ferreira, José Loureiro, Francisco Tropa, Joana Vasconcelos, Jorge Queiroz.