NA 3.ª EDIÇÃO
Escutar o tempo
José Manuel dos Santos e António Soares
Metropolitano
A performática do espaço urbano
Isabella Pasqualini
Figura
A. J. P. Taylor: historiador e estrela mediática
Kathleen Burk
Portfolio
Psalm
Edmund de Waal
Vista de delft
São Sebastião do Rio de Janeiro: entre o martírio e a beleza
Gilda Oswaldo Cruz
Diagonal
Ética e política
Bruno Peixe Dias
Donatella Di Cesare
Passagens
Os pecados dos poetas não são graves
José Maria Vieira Mendes
Registo
A Bauhaus revisitada
Ulf Meyer
Assunto
Dinheiro
A bolsa e/ou a vida
António Guerreiro
A moeda, a dívida e a guerra
Maurizio Lazzarato
O dinheiro como escrita
Christophe Hanna
Pode o dinheiro levar à loucura
Anselm Jappe
Sete histórias sobre o valor auto-esvaziante do dinheiro
Yves Citton
A moeda viva: Sobre o ensaio de Pierre Klossowski
António Bracinha Vieira
Nathalie Quintane
Entrevista por António Guerreiro
O inconsciente cultural do dinheiro como símbolo do poder e da imortalização fálica
José Gabriel Pereira Bastos
Do conceito de moeda aos desafios dos novos meios de pagamento
Margarida Abreu
Obras escolhidas
Onde o tempo surge rodeado de luz
João Pinharanda
João Oliveira Duarte
Dicionário das ideias feitas
Desafio
Gonçalo M. Tavares
O Dinheiro é o tema central da Electra N.º 6 que apresenta, como habitualmente, uma enorme diversidade de temas e autores de reconhecimento internacional.
Nesta edição é apresentado um portfólio do artista e escritor Edmund de Waal, também autor da capa deste número, com imagens e texto sobre a sua exposição patente em Veneza durante a Bienal de Arte 2019, e um caderno inédito de desenhos do Arquitecto Siza Vieira, com um diário visual da sua viagem ao Peru.
O dossier é sobre O Dinheiro. O poder do dinheiro está em todo o lado, e tudo determina, é o último xamã que podemos invocar neste mundo completamente secularizado. Assim, o filósofo Yves Citton fala-nos da volatilização do dinheiro; o poeta e ensaísta Christophe Hanna liga o dinheiro à escrita; o sociólogo e filósofo Maurizio Lazzarato escreve sobre a moeda, a dívida e a guerra; o antropólogo José Gabriel Pereira Bastosdecifra o dinheiro recorrendo à antropologia e à psicanálise; António Vieiraaborda o ensaio de Pierre Klossowki A Moeda Viva; a professora e economista Margarida Abreu escreve sobre o funcionamento do sistema monetário e financeiro; o filósofo Anselm Jappe pergunta se pode o dinheiro levar à loucura; numa entrevista conduzida por António Guerreiro, Nathalie Quintane percorre o território da arte contemporânea, do seu mercado e instituições.
O entrevistado desta edição é António Coutinho, cientista português, imunologista de renome internacional e antigo director do Instituto Gulbenkian de Ciência, que numa conversa conduzida por Vasco M. Barreto fala sobre a ciência e as suas instituições, filosofia e política.
Neste número de Electra, o escritor Gonçalo M. Tavares propõe duas abordagens para o conceito de “desafio”; Kathleen Burk evoca A.J.P. Taylor, um dos historiadores mais influentes e polémicos do século XX; José Maria Vieira Mendes comenta um verso de Johann Goethe; a arquitecta suíça Isabella Pasqualini aborda o espaço urbano como performance; a pianista brasileira Gilda Oswaldo Cruz revisita a história da cidade do Rio de Janeiro e o arquitecto alemão Ulf Meyer revisita a história da escola Bauhaus e a sua presença no nosso mundo contemporâneo.
Na secção “Diagonal”, Donatell di Cesare e Bruno Peixe Dias debatem as ligações entre Ética e Política. Na secção “Obras Escolhidas”, o historiador de arte João Pinharanda, a partir da exposição de Lourdes Castro no Museu da Ocitânia, em Sérignan, abre novas perpectivas sobre a subtil obra da artista portuguesa, e João Oliveira Duarte analisa a longamente esperada publicação do quarto volume da História da Sexualidade, de Michel Foucault.
Electra é a revista da Fundação EDP. É uma publicação internacional, com duas edições, em português e inglês, de crítica, pesquisa, ensaio e reflexão cultural, social e política, que aborda todas as áreas da cultura.