Em destaque, no número 12 da Electra, está a apresentação, em pré-publicação mundial, de um capítulo da biografia de Fernando Pessoa, que um dos maiores especialistas mundiais no poeta, Richard Zenith (Prémio Pessoa 2012), escreveu ao longo dos últimos anos, e cuja edição em inglês será lançada no verão deste ano, saindo a edição portuguesa no outono. Esta pré-publicação do capítulo “O poeta que andava sempre bem vestido”, serve como anúncio de uma obra doravante fundamental para os estudiosos e leitores de Pessoa e que tem gerado uma enorme expectativa.
A Curiosidade é o tema do dossier da nova edição da revista Electra. A partir de um conjunto de textos que convocam questões da ciência, da arte, da filosofia e da religião, traça-se a história da Curiosidade, as suas variações e mudanças, tentando compreendê-la como um fundamento essencial da modernidade. Uma secção que conta com as participações de António Guerreiro, Neil Kenny, Federico Ferrari, Olga Pombo, Lionel Ruffel e Pedro Russo.
Nesta edição, publica-se uma rara entrevista ao realizador Pedro Costa, que se constitui como uma viagem pelo seu trabalho e por tudo o que o envolve. Pedro Costa dá ao que faz um pensamento tão pessoal e singular como a sua obra que hoje tem um amplo reconhecimento internacional.
Ainda na área do cinema, a revista conta com um perfil do realizador Joaquim Pinto; Afonso Ramos escreve sobre “especulação”; o historiador americano Bradley W. Hart faz o retrato dos anos 20 do século XX, uma década perigosa e fascinante, em que “nunca houve um regresso à normalidade”; publicam-se dois textos sobre Lisboa, escritos por Nélio Conceição e por Nuno Fonseca; sobre Paris escreve o músico e escritor Adolfo Luxúria Canibal, misturando a sua memória e a de outros; a pianista sul-coreana Yeol Eum Son escreve, num diário atravessado pela pandemia, sobre o presente e o passado do mundo; e o portfolio intitulado Drama Display é da autoria do artista austríaco Heimo Zobernig, que em junho inaugurará uma exposição no mumok, em Viena.