NA 2.ª EDIÇÃO
Editorial
Mais e menos
José Manuel dos Santos e António Soares
Metropolitano
Privatização e o Fim da Privacidade
Jack Self
Registo
Terrenos e Territórios dos Longos Anos 60
Kristin Ross
Assunto: Estupidez
A Nossa Querida Estupidez
António Guerreiro
Quando a inteligência nos torna estúpidos
Yves Michaud
A Experiência da Estupidez
Avital Ronell
A Importância da Estupidez na Arte
Serena Giordano
Idiotia, Identidade e Migrações
Alessandro Dal Lago
Notícias do Paraíso Digital
António Baião e António Pedro Marques
Figura
O Lamento de Nick Cave
Bernardo Futscher Pereira
Diagonal: O que fazer dos textos infames?
O risco de um best-seller
Serge Klarsfeld
Observações sobre o último caso Céline
Pierre-André Taguieff
Livro de horas
Três semanas no Inverno, 2018
Ted Bonin
Portfolio
Antediluvian Structures
Dean Monogenis
Vista de delft
Que diabo vêm os turistas ver a Barcelona?
José Ángel Cilleruelo
Primeira pessoa
Salvatore Settis
Entrevista por António Guerreiro
Passagens
E se os modernos estivessem enganados? Se não tivessem talento?
Éric Marty
Obras escolhidas
Geometria e Angústia
Pedro Levi Bismarck
A sobrevivência da abjecção
André Dias
Álvaro Lapa – Temos o trilho
falta-nos o mapa
Uma força intempestiva
José Gil
No lugar da cópula
João Pinharanda
Dicionário das ideias feitas
Imaginação
Pê Feijó
A estupidez é o tema central da 2.ª edição da revista Electra. A estupidez social e política, a coletiva e individual. A estupidez de época, porque – citando Flaubert - “a estupidez é de todos os tempos, mas cada tempo tem a sua estupidez”.
O tema é abordado nesta edição por Yves Michaud, professor de filosofia e crítico de arte, num ensaio sobre o impacto da massificação e do excesso de informação; pela filósofa americana Avital Ronell, com uma análise do fenómeno e do conceito da estupidez e da forma como este pode ser apropriado pela filosofia e pela literatura; pela artista italiana Serena Giordano que aborda a importância da estupidez na arte; e pelo sociólogo italiano Alessandro Dal Lago, com o artigo “Idiotia, Identidade e Migrações”; António Baião e António Pedro Marques, editores da publicação anual Bestiário, falam sobre o triunfo do discurso da estupidez no espaço público digital.
O entrevistado desta segunda edição é o italiano Salvatore Settis, historiador de arte e arqueólogo, conhecido pelas suas intervenções públicas e ensaios sobre a forma como a gestão política e económica pode ameaçar o património. É destas ameaças, de como o assédio turístico pressiona as cidades históricas e do papel e responsabilidade dos arquitetos, que Settis fala nesta entrevista. Considerando o exemplo do Airbnb, o arquitecto e curador britânico Jack Self trata da alteração na relação do público e do privado. O escritor catalão José Ángel Cilleruelo fala da sua cidade deixando esta pergunta provocatória: que diabo vêm os turistas ver a Barcelona?
Numa altura de aceso debate acerca da eventual reedição dos panfletos anti-semitas do escritor francês Louis-Ferdinand Céline (de 1937 a 1941), o tema está na Electra, com dois especialistas que apresentam posições opostas sobre estes “textos infames”: Pierre-André Taguieff, filósofo e politólogo, e Serge Klarsfeld, ativista e “caçador” de nazis.
A segunda edição da Electra publica um portfólio do artista americano Dean Monogenis; um diário de Ted Bonin, galerista em Nova Iorque; e um perfil de Nick Cave, da autoria de Bernardo Futscher Pereira.