2002
Mário Cesariny
Júri
José Borges da Fonseca
Bernardo Pinto de Almeida
João Pinharanda
António Rodrigues
Vicente Todolí
Mário Cesariny foi o artista distinguido pelo Grande Prémio Fundação EDP Arte 2002. Uma atribuição unânime justificada pelo júri com "a grandeza da sua personalidade criadora, particularmente o seu singular percurso como artista plástico."
Reconhecido como poeta, como uma das vozes mais significativas do surrealismo português e como uma das personalidades e penas mais polémicas do Movimento, a sua obra plástica, que vai a par ou mesmo precede os momentos mais intensos da sua escrita, não tem sido consensualmente entendida, na sua originalidade e inovação, pela historiografia da arte portuguesa.
A exposição do Grande Prémio EDP 2002 decorreu no Museu da Cidade, em Lisboa, ocupando os espaços do Pavilhão Branco e do Pavilhão Preto, entre 2 de dezembro de 2004 e 13 de fevereiro de 2005. Foi ainda apresentada na Fundação Cupertino de Miranda, em Famalicão, entre 5 de março de 2005 e 30 de abril do mesmo ano. Em 2006, a Fundação EDP foi convidada a apresentar parte deste projeto no Círculo de Bellas Artes, em Madrid, entre 19 de setembro e 19 de novembro desse ano.
Biografia
Nascido em Lisboa (1923-2006) foi na Escola António Arroio que Mário Cesariny conheceu alguns dos seus futuros companheiros surrealistas. Em 1947, Cesariny conhece André Breton e, nesse mesmo ano, forma o Grupo Surrealista Português. Mais tarde, forma um outro movimento: Os Surrealistas. As suas primeiras exposições datam de 1949. Pinturas, colagens, “soprografias” e cadavres-exquis fazem parte da sua obra plástica. No entanto, a pintura e a poesia foram sempre aliadas em Cesariny: muitas obras incluem palavras recortadas, conjugações de textos e imagens, bem como outras formas experimentais. A sua obra poética e teórica inclui inúmeras obras reconhecidas pelo público.