NA 1.ª EDIÇÃO
Editorial
E nos corredores ressoam as palavras
José Manuel dos Santos e António Soares
Metropolitano
Cidade: metamorfoses do centro
Álvaro Domingues
Primeira Pessoa
Boris Groys
Entrevista por António Guerreiro
Registo
Pompidou 40
Yves Michaud e Catherine Lawless
Portfolio
Rainer Maria Rilke: Klage
Lourdes Castro
Figura
António Franco Alexandre: em tom baixo e silencioso
João Oliveira Duarte
Vista de Delft
Bolonha: guia para caminhar à sombra
Andrea Cavalletti
Assunto
Nesta Grande Época
António Guerreiro
A Nova Linguagem Política: pós-democracia e biopolítica
Roberto Esposito
O fim do mundo não é o fim de tudo
Déborah Danowski e Eduardo Viveiros de Castro
Entrevista por Andrea Cavalletti
Marx nas Estrelas: notas para uma saída da época
Frédéric Neyrat
De-generação: nas margens do género
Pê Feijó
Breve Léxico do Nosso Tempo
António Guerreiro e João Oliveira Duarte
Passagens
Cada época sonha com a seguinte
Maria Filomena Molder
Diagonal
Rendimento Básico Incondicional
10 Teses pelo RBI André Barata
Argumentos Contra o RBI George Zarkadakis
Obras Escolhidas
O Conto Moral das Mercadorias
Jorge Leandro Rosa
O Cinema Português em Ecrã Panorâmico
Jacques Lemière
Estética e Política: sobre a actualidade de Wagner
Alberto Velho Nogueira
Dicionário Das Ideias Feitas
Realidade
Bernardo Ferro
ELECTRA é a nova revista da Fundação EDP. É uma publicação editada em português e inglês, de crítica, pesquisa, ensaio e reflexão cultural, social e política, que aborda todas as áreas da cultura, promovendo diálogos e oscilações de fronteiras entre saberes humanísticos e ciências, entre disciplinas artísticas, entre teorias e práticas culturais diferentes.
A revista conta com a colaboração de autores portugueses e estrangeiros, tendo como diretor José Manuel dos Santos, administrador e diretor cultural da Fundação EDP, e como editor António Guerreiro, jornalista, crítico e ensaísta. Tem periodicidade trimestral.
“ELECTRA responde a uma necessidade, que é também uma expectativa, da existência de uma revista cultural com ambição e projeção. É uma revista plural nas suas ideias, conteúdos e colaboradores. Electra é uma revista de atualidade que interroga o espírito do tempo, as tendências, as ideias, as imagens, as mitologias que configuram e fazem mover a nossa época. Mas não é uma revista académica, nem especializada, nem técnica. E não corre atrás do que acontece, tendo recuo em relação à imediatez jornalística. Situa-se entre o pensamento desse acontecer e o acontecer desse pensamento.”, explica José Manuel dos Santos.
Miguel Coutinho, administrador e diretor geral da Fundação EDP, acrescenta: “Este projeto consolida e amplia uma ambição da Fundação EDP em contribuir para o debate de ideias e a reflexão. Fazemo-lo através de uma revista internacional que cruza o pensamento e as artes na sua relação contemporânea com a sociedade”.
A revista está disponível em vários quiosques, bancas, livrarias e papelarias em todo o país, com o preço de capa de 9 euros. Está também disponível na loja do MAAT.
Nesta Grande Época
“Nesta Grande Época” é o tema do dossier da primeira edição, publicada em março e 2018. Este tema decorre de uma citação de um texto famoso do escritor vienense do princípio do século XX, Karl Kraus. Esta "grande época" reúne uma série de textos que ajudam a pensar o nosso presente em termos políticos, sociais, ecológicos, etc. Para o dossier escrevem o filósofo italiano Roberto Esposito (sobre biopolítica e pós-democracia), o filósofo francês Frédéric Neyrat (sobre questões de ecologia política, Marx e o Antropoceno), Pedro Feijó (sobre as questões do género), e é entrevistado o antropólogo brasileiro Eduardo Viveiros de Castro.
A primeira edição, com cerca de 180 páginas, inclui também uma grande entrevista ao professor, crítico de arte, teórico dos media e filósofo Boris Groys, e um portfolio da artista Lourdes Castro. Destaque também, entre outros conteúdos, para a secção Diagonal que, a propósito do Rendimento Básico Incondicional, põe em confronto André Barata, filósofo e professor da Universidade da Beira Interior, e George Zarkadakis, romancista, dramaturgo e cientista.
O tempo em que vivemos tem sido acusado de muitas coisas, mas não de pensar de mais, embora a pretexto de quase tudo soletre, com uma agilidade, uma precipitação e até uma prepotência que fazem pensar, a palavra «pensamento». Com Electra, não desejamos impor ou apressar essa acusação de excesso de pensamento — mas gostaríamos de contribuir para a tornar menos improvável, menos distante e menos impertinente.
Excerto do editorial da 1.ª edição