GRADA KILOMBA. SECRETS TO TELL | Fundação EDP

GRADA KILOMBA. SECRETS TO TELL

 

Grada Kilomba. Secrets To Tell

27 de outubro de 2017 a 5 de fevereiro de 2018

Project Room | MAAT


Grada Kilomba é uma escritora, uma teórica e uma artista interdisciplinar com um percurso ativo na cena artística de Berlim, a cidade onde vive e trabalha. Nascida em Lisboa, as suas raízes estendem-se a São Tomé e Príncipe e a Angola. A sua obra aborda questões em torno dos temas da política de género e de raça e das ideias de trauma e memória, seja no âmbito das problemáticas atuais sobre o colonialismo e o pós-colonialismo no início do século XXI, seja para investigar as relações ambíguas entre memória e esquecimento, o imaginário coletivo e a identidade africana e das suas diásporas. Evocando as tradições orais africanas e o seu poder de perpetuação da palavra, a obra da artista dá voz a narrativas silenciadas com o intuito de reescrever e recontar uma história que foi negada ou omitida.

Kilomba tem vindo a explorar práticas artísticas experimentais e interdisciplinares pouco convencionais, utilizando e combinando diferentes meios de expressão; desde a performance e a videoinstalação, até às leituras de palco e palestras, que criam uma interface entre texto e imagem, entre a linguagem artística e a linguagem académica. Mostrando o seu trabalho em Portugal pela primeira vez, a artista apresenta Secrets to Tell no MAAT — Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia. Inaugurando o espaço do Project Room, a exposição no MAAT foi pensada a partir da videoinstalação The Desire Project, uma obra especialmente concebida para a 32.ª Bienal de São Paulo (2016), que é também uma das mais recentes aquisições da Coleção de Arte da Fundação EDP. À montagem inédita desta peça, juntou-se uma versão em vídeo da leitura encenada de Plantation Memories, o livro que Kilomba publicou em 2008, e ainda Kosmos2, Labor #10: Video Installation, relacionada com uma série de conversas que a artista tem vindo a realizar no Maxim Gorki Theatre em Berlim com artistas «refugiados», que exploram novas e subversivas formas de trabalho.

 

 

Imagens da exposição

Fotografias: Bruno Lopes

26 Out 2017