2021
Luisa Cunha
Júri:
Benjamin Weil
José Manuel dos Santos
Miguel Coutinho
Philippe Vergne
Teresa Patrício Gouveia
Tobi Maier
Vera Pinto Pereira
Luisa Cunha foi escolhida por unanimidade pelo júri da edição de 2021 do Grande Prémio Fundação EDP Arte. O júri salientou "a originalidade, ousadia experimental, multidisciplinaridade, e pioneirismo no uso de novas linguagens" da artista, destacando também a sua influência nas gerações mais jovens.
O Júri salientou ainda a forma como Luisa Cunha trabalha o espaço e o som a partir da linguagem verbal, num permanente jogo de construção e desconstrução de significados.
"O trabalho de Luísa Cunha está fora de classificações geracionais, sendo herdeira das experiências de desmaterialização da arte internacional dos anos 70. Sendo este um prémio de reconhecimento, contribuirá certamente para dar a Luisa Cunha a visibilidade pública que o seu mérito artístico justifica", destacou o coletivo.
Biografia
Luisa Cunha vive e trabalha em Lisboa. Estudou Escultura na Ar.Co, Centro de Arte e Comunicação Visual, em Lisboa. A sua obra baseia-se numa consciência muito clara e emocional da natureza relativa da própria vida e, consequentemente, das convenções, das diferenças significativas entre interno e externo, público e privado, da natureza fragmentária do “não-lugar”, do poder, das dimensões de tempo e lugar, e do discurso.
Esta convicção começou com a prática que a artista desenvolveu desde muito cedo, e com o facto de Luisa Cunha costumar observar sem ter um objetivo específico em mente, permitindo simplesmente que os objetos surjam, num estado de total abertura, sem impor fronteiras nem juízos de valor (tanto quanto possível). Primeiro, descobrindo os objetos, e depois procurando-os.